Peixes são conhecidos por dependerem das guelras para respirar na água. Mas a natureza sempre encontra maneiras de surpreender. Em rios e lagos do Pantanal e da Amazônia, algumas espécies desenvolveram a incrível capacidade de respirar fora da água.
Essa adaptação é vital em épocas de seca ou em águas com pouco oxigênio, garantindo a sobrevivência em ambientes extremos. Além disso, cada um desses peixes carrega histórias, lendas e curiosidades que mostram como a biodiversidade brasileira é única.
A seguir, você vai conhecer os peixes mais fascinantes que respiram fora da água.
1. Pirarucu (Arapaima gigas)
O “gigante da Amazônia” pode ultrapassar 2 metros e pesar mais de 200 kg. Sua principal característica é a necessidade de subir à superfície a cada 15 a 20 minutos para respirar, já que possui uma bexiga natatória adaptada como pulmão.
Antigamente, suas escamas grossas eram usadas como lixa pelos ribeirinhos, e sua carne é tão valorizada que ganhou o apelido de “bacalhau da Amazônia”. Além da importância cultural, o pirarucu é peça-chave para o equilíbrio ecológico da região.
2. Aruanã (Osteoglossum bicirrhosum)
Chamado de “dragão de água doce”, o aruanã impressiona não somente por suas escamas metálicas, mas também por sua habilidade de respirar oxigênio atmosférico. Essa adaptação o ajuda a sobreviver em águas pobres em oxigênio.
Além disso, é famoso por sua habilidade de saltar até 2 metros fora da água para capturar insetos, sapos e até pequenos pássaros. Na cultura amazônica, acredita-se que o aruanã traz prosperidade e sorte a quem o cria em aquários.
3. Pacu (Piaractus mesopotamicus)
O pacu é conhecido como o “comedores de frutas” dos rios. Seus dentes são tão parecidos com os humanos que causam espanto em qualquer turista. Adaptado para mastigar frutos como goiabas e castanhas, ele ajuda a regenerar a floresta, já que as sementes ingeridas são espalhadas por quilômetros.
Em tempos de seca, o pacu consegue sobreviver em águas paradas e até realizar respiração suplementar fora da água por curtos períodos. Para os ribeirinhos, ele é tanto alimento quanto símbolo de abundância.
4. Piranhas (Pygocentrus spp.)
Apesar da fama de predadoras ferozes, as piranhas também possuem a habilidade de resistir em ambientes de baixa oxigenação, utilizando mecanismos auxiliares de respiração.
O que poucos sabem é que, além de sua função como predadoras, as piranhas são “faxineiras dos rios”, pois consomem animais doentes e carcaças, ajudando a manter o equilíbrio ecológico. Em períodos de seca, conseguem sobreviver em poças rasas até que o rio volte a encher.
5. Mangue-peixe (Anabas testudineus)
Embora não seja nativo do Brasil, esse peixe asiático merece destaque. Também chamado de “climbing perch”, pode sobreviver até 6 dias fora da água, respirando oxigênio atmosférico. Mais surpreendente ainda: ele consegue se arrastar em terra firme, “caminhando” até encontrar um novo habitat.
Cientistas estudam espécies como essa para compreender melhor as adaptações que permitem a transição entre ambientes aquáticos e terrestres.
Perguntas frequentes
1. Por que alguns peixes conseguem respirar fora da água?
Porque possuem adaptações fisiológicas, como bexigas natatórias modificadas ou tecidos especiais que funcionam de forma semelhante a pulmões.
2. Quanto tempo um peixe pode sobreviver fora da água?
Depende da espécie. O pirarucu precisa respirar a cada 20 minutos, enquanto o mangue-peixe pode viver até 6 dias fora da água.
3. Isso significa que esses peixes podem viver em terra firme?
Não. Eles precisam da água para alimentação, reprodução e equilíbrio fisiológico. Respirar fora da água é somente uma estratégia temporária.
4. Onde posso encontrar peixes que respiram fora da água no Brasil?
Principalmente na Amazônia e no Pantanal, em espécies como pirarucu, aruanã, pacu e algumas piranhas.
Conclusão
Os peixes que respiram fora da água são exemplos fascinantes da capacidade de adaptação da vida. Do pirarucu gigante ao aruanã saltador, cada espécie revela estratégias únicas para sobreviver em ambientes desafiadores.
Esses animais não somente intrigam cientistas, mas também fazem parte da cultura, da alimentação e das lendas da Amazônia e do Pantanal. Conhecer essas curiosidades é também uma forma de valorizar e preservar a nossa biodiversidade.
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