Peixes ornamentais brasileiros: espécies mais populares

Os peixes ornamentais brasileiros estão entre os mais admirados do mundo. Da Amazônia ao Pantanal, o Brasil abriga espécies que encantam aquaristas pela beleza, cores vibrantes e comportamento único. Não é por acaso que muitos desses peixes estão presentes em aquários no Japão, Europa e Estados Unidos, tornando-se verdadeiros símbolos da biodiversidade nacional.

Se você já pensou em montar um aquário ou apenas admira a vida aquática, conhecer essas espécies é fundamental para valorizar ainda mais a riqueza dos nossos rios.

Por que os peixes ornamentais brasileiros são tão especiais?

O Brasil possui a maior diversidade de peixes de água doce do mundo. Estima-se que mais de 2.500 espécies habitam nossos rios, muitas delas com potencial ornamental. A variedade de cores, tamanhos e comportamentos torna essas espécies disputadas no mercado internacional.

Além da estética, há também um aspecto cultural: comunidades ribeirinhas têm tradição na coleta e criação de peixes ornamentais, atividade que gera renda e precisa ser feita de forma sustentável para não comprometer os ecossistemas.

Espécies de peixes ornamentais brasileiros mais populares

1. Neon Tetra (Paracheirodon innesi)

Origem: Amazônia
Tamanho: até 4 cm
Água: pH levemente ácido (6,0–6,5), temperatura entre 22 e 26 ºC
Curiosidade: Pequeno, mas famoso, é um dos peixes ornamentais mais exportados do Brasil. Sua faixa azul fluorescente brilha mesmo em águas escuras, ajudando no cardume.

2. Disco (Symphysodon spp.)

Origem: Bacia Amazônica
Tamanho: até 20 cm
Água: pH ácido (5,0–6,5), temperatura mais alta (28–30 ºC)
Curiosidade: Conhecido como o “rei do aquário”, exige cuidados especiais com filtragem e alimentação. No entanto, sua beleza compensa todo esforço, tornando-o uma peça de destaque em aquários grandes.

3. Mato Grosso (Hyphessobrycon eques)

Origem: Amazônia e Pantanal
Tamanho: 3–4 cm
Água: pH neutro a levemente ácido (6,0–7,0), temperatura 24–28 ºC
Curiosidade: Também chamado de tetra-serpae, é ativo, colorido e ótimo para iniciantes. Sua cor alaranjada traz movimento ao aquário.

4. Apistogramma (Apistogramma spp.)

Origem: Bacia Amazônica
Tamanho: 5–7 cm
Água: pH ácido (5,5–6,5), temperatura 25–28 ºC
Curiosidade: Pequenos ciclídeos com comportamento curioso. Cada espécie tem cores vibrantes, variando do azul ao dourado. São indicados para aquaristas que gostam de observar interações sociais.

5. Corydora (Corydoras spp.)

Origem: Diversos rios brasileiros
Tamanho: 5–7 cm
Água: pH 6,0–7,0, temperatura 22–26 ºC
Curiosidade: São conhecidos como os “faxineiros do aquário”, já que ficam no fundo comendo restos de ração. Existem dezenas de espécies, cada uma com padrões de cores diferentes.

6. Cardinal Tetra (Paracheirodon axelrodi)

Origem: Rios Negro e Orinoco
Tamanho: 3–5 cm
Água: pH baixo (4,5–6,0), temperatura 24–28 ºC
Curiosidade: Parente próximo do neon, mas ainda mais colorido, com a faixa vermelha atravessando todo o corpo. É um dos mais exportados legalmente da Amazônia.

7. Acará-bandeira (Pterophyllum scalare)

Origem: Amazônia
Tamanho: até 15 cm
Água: pH entre 6,0–7,5, temperatura 24–28 ºC
Curiosidade: Suas nadadeiras longas lembram bandeiras flutuando. É pacífico, mas pode se tornar territorial em reprodução.

8. Otocinclus (Otocinclus spp.)

Origem: Rios amazônicos e do Cerrado
Tamanho: até 4 cm
Água: pH 6,0–7,5, temperatura 22–26 ºC
Curiosidade: Especialistas em controle de algas, vivem grudados em vidros e troncos. Apesar de pequenos, são fundamentais para manter o aquário equilibrado.

9. Tucano Tetra (Tucanoichthys tucano)

Origem: Alto Rio Negro (região de difícil acesso)
Tamanho: 2 cm
Água: pH baixo (4,5–5,5), temperatura 24–26 ºC
Curiosidade: Espécie rara e cobiçada, chamada assim pelas cores que lembram o bico de um tucano. É minúsculo, mas extremamente vistoso.

10. Cascudo (Loricariidae)

Origem: Vários rios do Brasil
Tamanho: varia de 6 cm até 60 cm em espécies grandes
Água: parâmetros variáveis conforme a espécie
Curiosidade: Existem centenas de tipos, alguns com padrões incríveis como manchas de leopardo, listras de zebra e até “estrelas”. Além da beleza, auxiliam na limpeza comendo algas e detritos.

Dicas para cuidar de peixes ornamentais brasileiros

• Água de qualidade: muitos desses peixes são sensíveis a variações de pH e temperatura.

• Alimentação adequada: cardumes pequenos preferem ração em flocos, enquanto espécies maiores como o disco precisam de dieta variada.

• Aquário bem montado: espécies amazônicas gostam de aquários com plantas, troncos e áreas de sombra.

• Cardumes: peixes como tetras e mato grosso ficam mais bonitos quando mantidos em grupos de pelo menos 6 a 10 indivíduos.

Perguntas frequentes

1. Quais são os peixes ornamentais mais fáceis para iniciantes?
O mato grosso, neon tetra e corydoras são ótimas opções por serem resistentes e adaptáveis.

2. Preciso de aquário grande para ter peixes ornamentais brasileiros?
Depende da espécie. Tetras pequenos vivem bem em aquários de 40 litros, mas discos e acarás-bandeira exigem aquários maiores.

3. Posso misturar espécies diferentes no mesmo aquário?
Sim, mas é importante verificar compatibilidade de comportamento, tamanho e parâmetros de água.

4. Os peixes ornamentais brasileiros são exportados legalmente?
Sim, existem projetos de coleta sustentável e criadouros licenciados. Mas o comércio ilegal ainda ameaça algumas espécies.

---

Os peixes ornamentais brasileiros são verdadeiros tesouros da natureza. Do pequeno neon tetra ao imponente disco, cada espécie carrega cores e histórias que encantam aquaristas no Brasil e no mundo. Ao conhecer e valorizar essas espécies, você não apenas monta um aquário mais bonito, mas também apoia a conservação da biodiversidade.

👉 Quer continuar aprendendo sobre peixes e aquarismo? Ative as notificações do blog e receba novos artigos exclusivos direto no seu dispositivo.

Post recentes